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Lucas Melara

Design em Quarentena: O papel do Design Contemporâneo na Pandemia

Desde o início da pandemia de Covid-19 o design desenvolveu um papel importante para o desenvolvimento da comunicação digital. E neste post traremos 3 perspectivas do Design desempenhar seus papéis sociais e políticos. Os temas abordados foram baseados no artigo: "Contemporary Design in Quarantine: a Critical Review of Design Responses to Covid-19 Crisis" de Iana Uliana Perez, Lucas Furio Melara, José Carlos Magro Júnior, Mônica Moura.



Sabemos que o cenário contemporâneo é palco de múltiplas crises sistêmicas - econômicas, políticas, sociais e ambientais -, que são agravadas pela pandemia e podem ser vistas como sua causa. Em todo o mundo, o sistema atual não tem sido capaz de prevenir a pandemia e conter os danos socioeconômicos dela decorrentes.


Por outro lado, pesquisadores e profissionais de várias áreas do conhecimento apresentaram soluções não apenas para prevenir ou tratar COVID-19, mas também para enfrentar as consequências socioeconômicas da pandemia.



E para contribuir de forma positiva para este cenário, o design contemporâneo registra a expansão nas relações humanitárias e sensíveis, e traz à tona a urgência da transição para a sustentabilidade e a necessidade do questionamento dos atuais modelos de produção e consumo.


Design é mais do que vemos nas redes sociais, nesta área em questão podemos ver e viver o papel social e político do Design Contemporâneo, e isso nos mostra que é cada vez mais importante e relevante a se atentar as três abordagens de design apresentadas a seguir.


Inovação Social

A responsabilidade social e política dos designers não é um tema novo. Muitos estudiosos e profissionais da área defendem a ação social e ecológica dos designers, baseada em sua responsabilidade e conscientização dos trabalhos desenvolvidos, levando em conta o desempenho político e social do designers.


Neste caso a Inovação Social é correspondente à novas soluções que são mais efetivas, sendo elas voltadas a solucionar as demandas sociais e melhorar a sua autonomia para solucionar problemas complexos.


Portanto, o papel dos designers não é mais projetar produtos e serviços "fechados", mas expandir as capacidades das pessoas, colaborando na criação e implementação de novas formas de vida e ação às quais os indivíduos envolvidos atribuem valor significativo.


Design Ativista

“Não dá para separar o design da vida pessoal, da mesma maneira como não dá para separar o design da política” diz Ruben Pater. E é dessa forma que se comporta o Design Ativista.


O termo “Design Ativista” surgiu em 2004, quando a 5ª Conferência da Pacific Rim Community Design Network definiu um de seus eixos temáticos como “movimento cidadão e design ativista”. Desde então, o ativismo do design tornou-se uma narrativa emergente no campo do design, paralelamente ao ressurgimento da discussão social e do interesse pela prática do design.


Essa prática indica pensamento, imaginação aplicados consciente ou inconscientemente para criar contra narrativas que promovem mudanças nas esferas sociais, institucionais, ambientais ou econômicas. Dessa forma, são necessárias novas iniciativas de design - como a inter-relação com outras áreas do conhecimento - na busca por cenários mais sustentáveis ​​por meio do design de transição.


Design de transição

Diante da incapacidade do sistema atual de lidar com a emergência do COVID-19 e a demanda por reestruturar nosso modo de vida indefinidamente, muitas pessoas questionam o sistema econômico, político e social contemporâneo, fato que leva à necessidade de mudanças.


O projeto de transição se concentra em mudanças radicais e sistêmicas em diferentes níveis: cultural, institucional, organizacional, social e tecnológico. O Design de Transição desenvolve e analisa cenários baseados em locais para futuros sustentáveis ​​com base em teorias e ideias de ciências sociais, humanas e engenharia que lidam com mudanças sociais e tecnológicas.


Em uma perspectiva pós-pandêmica, o design de transição pode ajudar a construir um mundo novo e mais sustentável, reforçando a necessidade de implementar mudanças planejadas e não por desastre. Obviamente, a abordagem de design para desastres é vital para enfrentar a crise de saúde, mas é importante destacar a necessidade de focar mais nas possíveis contribuições de design de transição.


E você sabia das múltiplas possibilidades do papel do Design em contribuir com nosso mundo cotidiano?


Aqui na LM, a cada cliente que chega, a cada novo projeto, apresentamos essas possibilidades de se criar uma comunicação efetiva e que ajude os negócios a enfrentarem as adversidades do mercado, da política, da sociedade, e tudo isso em prol de um mundo melhor e mais democrático para todos nós!


Contribua você também para um design mais responsável e faça parte deste movimento.


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