Para combater o desperdício de matéria orgânica na cidade do Rio de Janeiro, startup de compostagem faz coleta e tratamento de resíduos orgânicos
Você sabia que metade do lixo produzido no Brasil é composto por resíduos orgânicos?
Restos de frutas e alimentos que poderiam ser transformados em adubo são desperdiçados em aterros sanitários em todo país - ou seja: aquele insumo que poderia se tornar um produto útil para o ciclo de cultivo na cadeia de alimentos é totalmente descartado.
Outro dado que chama a atenção é que 37 milhões de resíduos orgânicos, como sobras de alimentos e cascas de frutas, poderiam ser transformados em gás combustível e até mesmo energia.
Para mudar esse cenário, quatro jovens cariocas se uniram e criaram o projeto SOMOS CASCA, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental do descarte dos resíduos orgânicos através da compostagem. O projeto Casca também fomenta a economia local através da inclusão e oferta de produtos locais para clientes do coletivo.
A compostagem de Casca torna a cidade do Rio de Janeiro mais saudável e sustentável, criando uma rede de impacto positiva, começando pela zona sul.
Como funciona?
Quando a pessoa escolhe seu plano e “vira Casca”, a empresa deixa um balde na casa do cliente com uma lista do que pode e não pode ser descartado. As coletas são, no mínimo, semanais e feitas de bicicleta, visando também minimizar o impacto ambiental da parte operacional.
A empresa faz o tratamento correto dos resíduos através da compostagem para gerar um adubo rico em nutrientes. No final do mês, os clientes são recompensados.
A Casca faz uma espécie de “cash back”, quando uma parte da mensalidade paga pelo cliente volta em forma de um crédito virtual. Com esse crédito, os clientes montam sua “Cesta Casca”, escolhendo produtos de produtores locais do cardápio para receber em casa.
A empresa tem como foco a inclusão dos produtos de pequenos produtores, produtos orgânicos/artesanais e que são produzidos o mais perto possível do Rio de Janeiro.