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Como marcas e cultura se conectam através das exposições

Lucas Melara
A imagem mostra o texto Patrocínio cultural: como criar conexão genuína entre público e empresa? O texto está aplicado em cima de uma fotografia que mostra a exposição do Vik Muniz no Farol Santander.
Exposições culturais conectam marcas e público (Arte da LM)

Toda marca tem uma história para contar. Mas contar não basta, é preciso que o público sinta essa história, que ela ganhe forma, contexto e significado. E poucas estratégias fazem isso tão bem quanto as exposições culturais.


Mais do que fortalecer a identidade de uma empresa, essas iniciativas criam experiências que envolvem, despertam emoções e geram impacto real. Algumas marcas já entenderam esse potencial e vêm construindo conexões poderosas entre seus universos e o cenário cultural.


Em 2022, a Granado completou 150 anos. Um marco importante, uma trajetória que atravessou séculos e se expandiu para além do Brasil, chegando até a Champs-Élysées. Mas como celebrar tudo isso de um jeito que fizesse sentido para a marca? A resposta estava no Museu da Casa Brasileira. Mais do que um evento, a escolha do local reforçou o vínculo da Granado com o design e a tradição nacional, conectando passado, presente e futuro.


A Sherwin-Williams seguiu um caminho semelhante, mas com um toque de cor. Durante a Semana Criativa de Tiradentes, a marca apresentou a paleta “Narrativa de Janete Costa”, inspirada na história da arquiteta. Cada um dos 12 tons foi pensado a partir de uma pesquisa sobre sua vida e obra, transformando a exposição em uma experiência sensorial. Em um evento que celebra o design e a criatividade, a Sherwin-Williams não apenas mostrou suas tintas, mas contou uma história através delas.


O Itaú Cultural já tem tradição em apoiar a arte e a cultura, mas algumas de suas iniciativas conseguem ir além do esperado. A Ocupação Dona Onete foi um desses casos. A homenagem à rainha do carimbó não se limitou a contar sua trajetória: trouxe sua voz, suas cores e sua energia para dentro do espaço, resgatando toda a força dessa artista que abriu caminhos para tantas mulheres na música paraense.


E quando se trata de criar experiências imersivas, o Farol Santander se tornou referência. Uma de suas colaborações mais marcantes foi com o artista Vik Muniz, que levou para o centro cultural uma instalação 360º sobre São Paulo. A cidade foi reinterpretada pelo olhar do artista, permitindo que os visitantes a vissem de um jeito completamente novo.


Esses exemplos mostram que, quando cultura e negócios caminham juntos, o impacto vai muito além do branding. O público não apenas vê, mas vivencia. E é isso que faz a diferença.

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