Sou Layanne Paixão, tenho 25 anos, nasci e cresci em uma cidade no interior da Bahia. Com 17 anos me mudei para Salvador e em três anos estava me formando no Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades pela UFBA. E então conheci a AIESEC, a maior organização gerida por jovens do mundo, estamos presentes em mais de 120 países e territórios, com uma atuação de 50 anos no Brasil, temos hoje mais de 2000 membros voluntários espalhados nas 44 cidades que temos sedes, nosso objetivo enquanto organização é desenvolver liderança jovem através de intercâmbios voluntários, empreendedores e profissionais.
Realizei meu intercâmbio voluntário no Peru em 2015, foi quando eu vi o mundo real pela primeira vez, voltei do intercâmbio e não podia mais ser a mesma, assim comecei minha carreira na organização, em 2017 fui presidente da AIESEC em Salvador e hoje sou Diretora de Relações Públicas e Desenvolvimento de Parcerias da AIESEC no Brasil.
1. Qual o papel da juventude atualmente? Como você vê a AIESEC sendo parte desse impacto?
Temos atualmente a maior população jovem que já existiu na história. Na minha percepção isso traz de forma ainda mais intensa a pauta de juventude e o seu papel, que vem sendo cada vez mais atrelado a ação. E o que isso significa na prática? Que o jovem de hoje debate, se incomoda, se posiciona e muito mais do que isso, cria, age e toma ações baseado em tudo que acredita. E o trabalho da AIESEC é exatamente sobre isso, são jovens líderes que lidam e resolvem problemas, que é protagonista da história que quer construir, histórias de carreira, de desafios e de mudança. Trabalhamos todos os dias com projetos que pensam em como podemos ser ação para amenizar os problemas do mundo.
2. Qual a sua atuação em Brasília? Quais os seus maiores desafios enquanto mulher e jovem neste espaço?
Meu cargo é responsável por buscar espaço no primeiro setor, contribuir e opinar sobre as políticas públicas,
ocupando uma cadeira no Conselho Nacional da Juventude e nos conectamos com a Secretaria Nacional da Juventude para pensar como podemos agregar em projetos para jovens no Brasil. Antes de mais nada, o fato de ser um setor majoritariamente ocupado por homens de gerações diferentes da minha, por toda construção social é um espaço muito desafiador de estar. Dessa forma, encontra-se a importância da representação que levo, como uma organização que tem como principais fortalezas a diversidade, que possui 65% dos cargos de liderança ocupados por mulheres e que busca um poder de fala todos os dias, mesmo que (e talvez principalmente) fora da zona de conforto para fazer a nossa voz ser ouvida.
3. Qual o papel da AIESEC na agenda 2030 e como vem sendo o impacto da organização no desenvolvimento sustentável?
A agenda 2030 é um conjunto de 17 objetivos e mais de 160 metas para um mundo mais sustentável e a AIESEC é considerada braço direito da ONU para o alcance dessas metas. Todos os nossos projetos da modalidade Voluntário Global tem um ou mais objetivos envolvidos e nossos jovens vão para comunidades, escolas e instituições trabalhar por essas metas, se desenvolvendo e contribuindo com a sociedade. Além disso proporcionamos espaços de discussões e reflexões sobre nosso papel, sempre pensando em como o jovem pode ser ativo na resolução dos problemas do mundo, aprender a não se acomodar ou pensar que não é uma responsabilidade nossa. E assim temos criado uma geração de jovens líderes conscientes e ativos, através da organização e também pós a interação com a AIESEC.
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