Dando continuidade ao 3 Perguntas, trazemos hoje uma entrevista com a Clara Cortez, da Missão Criativa.
Costumo dizer que a formação em Administração é minha base, foi minha escola para iniciar no mundo organizacional, mas meu coração bate forte mesmo pela área de desenvolvimento de pessoas, buscando aperfeiçoamento constante nessa área.
Com experiência profissional de 15 anos na área de Gestão de Pessoas, sendo que desde 2016 atua como Consultora e Sócia na Missão Criativa Consultoria. Como docente, tem passagens em instituições reconhecidas pelo mercado, como o Senac SP.
A experiência profissional de Clara se consolida com o MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV e a Especialização em Didática para o Ensino Superior; além da formação em Professional & Self Coaching pelo IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), Practitioner em PNL, pela ABPNL (Academia Brasileira de Programação Neurolinguística) e a passagem como aluna especial no Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, da Unesp Bauru – cursos que evidenciam um rico conteúdo a ser aplicado em projetos voltados para o desenvolvimento de pessoas nas organizações.
Além da consultoria voltada para empresas de diversos segmentos e portes, Clara apoia o empreendedorismo feminino como Embaixadora da RME - Rede Mulher Empreendedora – em Bauru, organizando eventos voltados para incentivar mulheres a empreender.
1) Quando focamos em modelos de gestão, qual a grande diferença entre as empresas de grande e pequeno porte?
Quando falamos de pessoas e suas relações de certa forma não há diferença, já observei, por exemplo, dificuldades na comunicação entre gestor e equipe de empresas de 5 a 500 funcionários, pois são pessoas e elas terão pontos fortes e a desenvolver independente do tamanho e da estrutura da empresa.
A diferença que vejo está relacionado a organização interna, hierárquica, divisões de departamentos, processos, orçamento, velocidade na tomada de decisões, entre outros.
Em minha atuação profissional uso dos mesmos recursos, ferramentas para ambos os portes de empresa, o que acontece é que adapto conforme a necessidade do cliente, tempo, estrutura e orçamento que ele tem disponível.
Como exemplo, uma avaliação de desempenho pode necessitar de um sistema robusto para preenchimento, análise dos indicadores, tabulação, mas é possível implantar também usando o excel para tabulação e análise das informações, a essência estará presente, mas a forma de desenvolver trabalho é que muda.
2) Como profissional da área, você tem notado uma preocupação maior das empresas em ter uma equipe diversificada e inclusiva? Sob um ponto de vista empresarial, qual a vantagem de um time com diferentes características, origens e ideias? Acredito que hoje esteja mais claro esse entendimento da importância em ter uma equipe diversificada, que traga contribuições por suas diferentes experiências, histórias de vida, formação, competências e por aí vai. Sabe aquela frase “Quando todos pensam igual é porque ninguém está pensando.” De Walter Lippman?! Existe essa abertura, mas ainda vejo um caminho a ser percorrido quando se trata da diversidade além das características técnicas e comportamentais, mas também considerar a mãe que após a maternidade busca recolocação, as identidades de gênero, as pessoas com deficiências, a contratação de mulheres para determinados cargos, o preconceito presente na sociedade que as empresas refletem por consequência. A forma de mudar esse cenário é falando sobre isso, trazer para pauta essa discussão e desmitificar, pois algumas práticas são repetidas dentro das empresas até sem saberem o motivo.
3) Para você, quais são os fatores que diferenciam o Empreendedorismo Feminino dos demais? Qual o papel de instituições como a Rede Mulher Empreendedora neste cenário?
O que mais diferencia o empreendedorismo feminino dos demais é a capacidade que a mulher tem de não mudar apenas a realidade de sua família, mas gerar empregos, apoiar a outras mulheres a tirarem seus planos do papel, criar oportunidade de crescimento para outras que assim como ela sabem dos desafios culturais do nosso país.
A Rede Mulher Empreendedora como a primeira e a maior plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil, proporciona capacitação através de inúmeros eventos presenciais e online com foco no desenvolvimento da mulher que tem necessidades e deficiências diferentes de outras frentes de empreendedorismo. Estimula a integração, networking, troca de conhecimentos entre mulheres que possuem ou buscam o próprio negócio, espalhadas por todo o país.
A RME tem o local de fala e apoio a mulher que empreende, nos coloca em contato com pessoas que passam pelas mesmas dificuldades, nos sentimos compreendidas em nossas dores e com soluções possíveis para continuar a frente de nossos negócios.
Quer conhecer mais o trabalho da Clara, da Paula e da Missão Criativa? Acesse aqui o site!